29 dezembro, 2010
(eram) todos os dias...
Não sei não viver-te; não sei o que é um dia sem ti.
E já não sei o que é olhar e perder-me em alguém, sentir cada palavra com o coração e arrepios que percorrem todo o meu corpo.
Eu já não sei, porque quando estavas aqui, todos os dias, eram os melhores dias da minha vida.
Todos os dias.
19 novembro, 2010
A minha vida sem nós...
O meu coração continua contigo, o meu corpo no teu, os meus pensamentos cheios de ti...
Todos os dias, com dor, relembro-me do meu sorriso, do brilho dos meus olhos, dos meus lábios molhados com o teu sabor, do dia pintado de cor e da noite pintada de amor.
A minha vida sem mim... e sem ti.
07 novembro, 2010
Ainda te amo...
Dois anos se passaram, lento o tempo e sem loucuras, tardes tediosas, noites vazias, manhãs sem magia.
Ainda nos vejo por cada jardim que passo, por cada banco em que quase me sento. Ainda nos vejo por todo o lado. Triste, tento não olhar, tento não recordar, mas perco-me em ti, como desde o primeiro dia.
Ainda te respiro, o meu coração ainda aperta quando oiço ou vejo o teu nome escrito algures. Nada tinha sido destinado, quando antes te dizia que eras a minha realidade. Bom demais para ser um sonho, quando hoje, ainda, sinto que não acordei e desejo que me tirem deste pesadelo; desejo por desespero.
Foste-te embora depois de eu ser inteiramente tua. Mal respiro, mal vivo... sobrevivo. Não nasci para ti, nem tão pouco para depender de ti. Mas como hei-de explicar ao meu coração que foste o homem da minha vida? Que um amor assim é só uma vez na vida? Como tu bem me dizias... e mal viveste.
E como ainda te amo...
28 outubro, 2010
Chove, e eles dançam...
"Olha amor, está a chover!"
Ele era alto, bastante alto.. mais do que o normal até, com um corpo bem delineado devido ao desporto que praticava.
Ela era (a sua) pequenina, não conseguindo chegar aos seus ombros, mas bonita, despertando os olhares por quem passava.
Passeavam na rua, pelos jardins, de mão dada, e quando ele lhe colocava o braço por cima dos ombros dela e a chegava para ele, ambos riam-se. Era uma boa diferença de altura; mas isso não a impedia de o beijar sempre que queria. Ia a correr, puxando-o pela mão, subia os bancos do jardim, agarrava-o e apaixonadamente beijavam-se.
"Adoro quando fazes isso. Ficas tão linda..." - dizia-lhe ele.
Ambos espontâneos, faziam o que bem lhes apetecia onde e quando quisessem. Era um amor cheio de vontade de se sentir entre os dois, e uma paixão que explodia da própria paixão a cada instante.
Já de noite, corriam pelo jardim; ele fazia-lhe cócegas porque gostava sempre de a ver rir; ela tentava sempre subir para as suas costas, mas em vão se ele não se baixasse ligeiramente; fingiam-se de chateados só para que o outro se aproximasse; e faziam sempre questão, apenas porque o sentiam e queriam, de dizer o quanto se amavam e o quanto gostavam de parecer (e serem) como duas crianças apaixonadas.
Começou a chover e ela escondeu-se debaixo da camisola dele, mordendo-lhe a barriga e fazendo cócegas com os lábios. Ele destapou-a, agarrou-lhe pelas mãos...
"O que é que estás a fazer? - perguntou-lhe ela.
"Vamos dançar..."
Dançando lentamente, como nos filmes, de olhos fechados, sentindo a chuva percorrendo as suas faces, descendo pelo corpo, ele disse-lhe ao ouvido:
"Amo-te tanto... imagino-nos assim, no mesmo sítio, a chover, daqui a 10 anos, mas tu com o meu apelido."
E foi a última vez que dançaram à chuva...
23 outubro, 2010
(quase) Impossível descrever
Já ouvi dizer que com o passar do tempo as vontades mudam.
No meu mundo o tempo passa, mas eu não sinto, perco a noção sempre que estou contigo.
Deixa-me encher-te com as banalidades que já saturámos de tanto ouvir, ficar horas a olhar para ti e sentir a minha expressão de felicidade discretamente exibir-se.
Perdoa-me a dificuldade que tenho (e irei ter) em escolher palavras que possa dirigir-te quando mais precisas de ouvir o que realmente sinto por ti. Mais não consigo escrever e dizer, porque desde que surgiste, tudo o que és ultrapassa o que já pensei ter inventado e conquistado. Desta forma, guardo-te (em mim), tornando-te o meu maior Amor; aquele que idealizei por julgar não existir.
12 outubro, 2010
O maior desgosto... com classe!
Não sei explicar porque já não o sinto.
E quando me lembro não me surgem palavras, nem na minha cabeça; fica tudo em branco.
É pena... ou talvez não. Aprende-se e vive-se (bem) com isso. E o futuro será melhor ainda do que antes gostaríamos.
Se (me) queres luta, mostra, faz (-me) sentir; as palavras não contam; sou fã do queijo!
Quando arrisco é com classe, e se não usas gravata, também não me irás ver de vestido.
29 agosto, 2010
Devolve-me o meu coração...
Penso em ti e o mar chama-me para chorar.
Choro a dor de saber que todos os meus sonhos e desejos não poderão ser mais partilhados e ouvidos por ti; a dor do meu grande amor partir e não querer devolver o meu coração; a dor da esperança quebrada por quem eu jamais pensei que pudesse quebrar.
Conheci-te e não me ensinaram como viver sem ti; nem a não confiar nas palavras de quem amamos e também não me ensinaram a dizer Adeus.
Irei tentar sobreviver à tua ausência e à tua rejeição do meu coração que teima em não voltar.
Talvez adormeça e assim permaneça até um beijo teu me acordar; ou talvez consiga sobreviver perfeitamente feliz aos olhos de quem não me vê...
29 maio, 2010
Sem ti...
17 março, 2010
letras vs coração
E julgou ele não ter sido o amor da minha vida, quando assim que o conheci, ganhei um novo brilho, uma nova cor, uma nova alegria no meu dia-a-dia.
06 março, 2010
Troca por troca...
Despedi-me porque ela me pediu.
Despedi-me agarrando-a pela cintura de encontro ao meu peito.. mas o olhar e a forma como ela já não se encaixava em mim, fez-me sentir o sangue fervilhar, o coração apertar e a pouca energia que já me restava por não conseguir respirar, tornou-me inútil e desprotegido.
Ela disse-me que já não me queria, e quando eu lhe perguntei porquê, ela apenas respondeu: "Vivi na ilusão de que algum dia te poderia amar... ".
O meu mundo deixou de existir. O meu mundo que julgava ser o dela, o nosso e o meu.
Como poderia eu dar mais um passo no chão onde pisava sem que o meu corpo caísse e permanecesse imóvel? Ou como poderia eu simplesmente deitar-me e acordar na manhã seguinte?
Ela costumava escrever-me muitas cartas. Dizia o que realmente sentia através de palavras gravadas num papel que encontrava por aí na rua enquanto passava.. solto.. dizia que as suas palavras também eram soltas, apenas porque não pensava se faziam sentido até as escrever.
Despedi-me.
Eu dei-lhe o meu coração e ela deu-me uma caneta.
26 fevereiro, 2010
A magia da tua existência
Saudade daquilo que eu inventei, usando aquilo que me davas..
Saudade de mim quando te tinha..
Saudade de ti (quando existias)...
28 janeiro, 2010
Na tua ausência
Ainda assim, em todos aqueles momentos de alegria e tristeza, pareceu-me ver-te sempre ao longe a observar-me, com um sorriso ligeiro nos lábios, como quem está feliz ou torce por mim. Nessas alturas, sinto os meus olhos tristes que procuram a tua foto no fundo da minha carteira. E não resisto em olhar-te e imaginar-me tocar-te, sentindo o desespero de (já) não te ter. E foi porque assim teve de ser, que te foste embora, deixando-me sozinha com um homem que me ama e sabe que não é amado, porque os meus olhos são dele, mas o meu coração será sempre teu.
21 janeiro, 2010
E a dúvida permanece..
Os meus sonhos de tudo aquilo que não pôde ser são (quase) mais fortes do que a minha realidade.
E a dor que sinto em ter-te no meu pensamento, aperta o meu coração, deixando de ter espaço para guardar o que o presente me oferece de mão aberta.
Não te posso ter, e mesmo se te tivesse, não sei se te queria mais do que quero. É a tua ausência, ou será esta dúvida que me mata aos poucos?
Vou ser forte, como toda a gente, só para manter as aparências. É que o meu coração ainda sente falta do calor do teu abraço quando me envolvia no teu peito.
16 janeiro, 2010
Deste-me valor depois do Adeus
- "Amor, hoje sonhei contigo.."
- "Diz lá.."
- "Oh.. sonhei que estávamos a dançar à noite na minha varanda.. sem música.. só tu e eu.. senti-me tão bem!"
- "Hum, que querida."
- "Pequenino, sonhei novamente connosco!"
- "Sim? Então?"
- "Adormeci ao teu colo e ficaste a observar-me a mexer-me no cabelo e na minha carinha durante tanto tempo! E depois acordei contigo a dar-me beijinhos.. parecia tão real!"
- "A sério? Acho que já devo ter feito isso. Quando me pediste para te mexer no cabelo."
- "Amor, amor, sonhei contigo!!"
- "Outra vez?"
- "Sim.. o que é que tem?"
- "Nada nada. Diz lá como foi desta vez.."
- "Tinhas-me levado a jantar fora e depois na ponte da praia à frente do restaurante tinhas-me pedido em namoro. E eu até te disse que já estávamos a namorar, mas tu disseste que adoravas saber que namoravas comigo. Nem sei como é que não chorei! Mas acordei com uma lágrima no olho, confesso.."
- "Pois.. mas olha, aquilo não é uma ponte.. são passadiços!"
- "Oh sim, mas passas por cima das dunas, não passas? É a mesma coisa, vá.."
- "Não é bem, mas pronto.."
...
...
...
...
- "Amor..?
- "Diz, João."
- "Hoje não sonhaste comigo?"
- "Hum.. não.. penso que não!"
- "E connosco?"
- "João, se eu tivesse sonhado connosco já estarias incluído! Mas não, não sonhei contigo.."
- "Ah.."
- "Ah sim, desculpa!! Que parva, sonhei no outro dia, claro!"
- "Sonhaste? Claro que sonhaste.. sonhas sempre não é?"
- "Pois.."
- "Então e não contas como foi?"
- "Sim, e desta vez foi mesmo real.."
- "AHAH sonhaste que te atirei para a cama e fizemos amor loucamente, não foi? Confessa lá.."
- "Sonhei que me tinha ido embora."
- "O quê? Como assim?"
"Até amanhã, João."
E nunca mais voltou.