28 março, 2009

Tento esquecer-te...


Há quanto tempo não deito eu uma lágrima por ti?

Há quanto tempo não finjo eu que estou bem sem ti?

Há muito tempo,

Há demasiado tempo..

Seria isso que gostaria de responder.

Mas não me vou enganar.

Ainda ontem quase me afogava em mar..

Eu tento,

Mas não consigo

Esquecer-te, é percorrer um longo caminho...


22 março, 2009

O idealismo da adolescência


Ela apaixonou-se.
Mas não da mesma forma que muitas outras,
Ela apaixonou-se de verdade.
Ela ama de tal forma
Que não consegue explicar nem metade
Aquilo que a cada momento sente,
Aquilo a que a ele a prende,
Aquilo que a leva a acreditar,
Que tudo será para sempre.
Ela não consegue imaginar o fim,
Ela desconhece a sua existência,
Mas é isto a graça da adolescência.

18 março, 2009

Uma escolha por amor


Acordei,

Sinto a tua respiração.

Observo-te a dormir

Não consigo desviar o olhar

Perco-me sempre em ti...

Sussurro-te ao ouvido,

O quanto sou quando estou contigo,

O quanto gosto de ti,

O quanto preciso de ti.

Enquanto isso, molho-te a face,

Não consigo evitar,

As lágrimas caem

E não consigo parar...

Está na hora

Nunca pensei que chegasse este momento

É ainda mais doloroso do que esperava

Não quero que me vejas

Não irias compreender

Não me irias perdoar

Seria demasiada dor

E eu tenho de partir

Ficas como recordação

Como a melhor sensação

Não vou voltar

Não esperes por mim

Sê feliz

Adeus, meu amor...


16 março, 2009

Só é eterno enquanto dura...


Músicas que me lembram de ti
Que me lembram do que senti
Quando ao teu lado me encontrava
Quando, mesmo sem te poder tocar,
Me faziam acreditar
Que tudo seria eterno
Que beijos e carícias podiam durar eternamente
Palavras que demoravam horas a ser entendidas por outros
Só nós sabiamos..
Era como um código indecifrável
Por quem no nosso mundinho nao se encontrava
Olhares apaixonados
Abraços apertados
Gestos mimados
Era assim quando me encontrava junto a ti
Sentia-me completa
Tinha-te a ti.
Não precisava de mais ninguém
E quando partias
O desejo de te voltar a ver era constante
Era desesperante
Os dias demoravam a passar
Foi difícil
Demasiado difícil
Mas quando te voltava a ver
Era como a primeira vez
Olhares apaixonados
Abraços apertados
Gestos mimados
Tudo fez parte de nós
Tudo foi bom
Foi eterno enquanto durou...

14 março, 2009

Amar-te (hoje) em silêncio


Estar sem ti é sentir-me perdida... sentir-me desorientada. Eras como a luz que me iluminava no meu caminho para casa. E por mais fraca que fosse, nada mais a substituía, nada tinha mais valor.

E eu sinto saudades, tantas saudades, do teu olhar que me amava... dos teus braços que me protegiam, da tua voz que me reconfortava... As palavras que me faltavam quando fazia bem, quando fazia mal, quando poderia ter feito algo.. são as palavras que eu precisava.

Mas algo falhou, algo grande que não poderia mais aceitar. Algo que nem tu conseguiste mudar.

E isso atormentava-me, desconfortava-me, dava-me falsas esperanças..

Por isso não me esperes. Não vou voltar. Vou viver sem ti, vou ser forte e amar-te em silêncio...

12 março, 2009

Tão... confuso

Foste no princípio e no fim a minha inspiração
Inspirei-me na dor que me causaste
No desespero que passei
No amor que (afinal) não tive
Em ti que me partiste
Tornou-se tudo tão confuso
Tão prolongadamente doloroso
Tão isto, tão aquilo
Tão tanto, muito, pouco, e nada
Só assim me liberto
Não conheço outro meio
Para além do fechar os olhos e adormecer
Não ter que lutar dia-a-dia para (de ti) me desprender
Sem estes dois meios perco-me em pensamentos
Em recordações, sonhos
Em tudo aquilo que agora é o nada
Vou-te dizer: Quero-te e não te quero !
Não te quero, Amor, que me fazes chorar
Quero-te, Ódio, que me fazes libertar
Disto, daquilo, de tudo e do nada
Volta e não voltes
Deixa-me assim perdida que alguém me há-de salvar...

09 março, 2009

Caí do céu

O sol brilhava
Uma brisa de vez em quando passava
Uma nuvem por ali andava
Um ponto rosa tambem lá estava
Lá bem no cimo do céu, deitado na nuvem
A cantar, a sonhar, a sorrir, a viver...
Mas assim, de repente, muito de repente, sem ele se aperceber
Sem o sol se dar conta, sem a nuvem estar à espera
Ficou de noite..
Ficou o céu tao escuro
O vento tao frio
Foi tudo tao rapido...
Dias e dias se passaram
Semanas.. meses.. anos..
O sol nunca mais apareceu
Nunca mais se viu a luz do dia
Nunca mais se sentiu a leve brisa
Ninguem viu
Poucos perceberam
Poucos sentiram
Poucos ouviram
Que a noite nunca mais foi o dia
Que a lua nunca mais foi o sol
Que o vento nunca mais foi a brisa
E a nuvem ?
É agora a terra onde estou sentada
Com um caderno e um lapis
A contar-vos a historia
Do ponto negro que outrora foi rosa...