28 outubro, 2010

Chove, e eles dançam...


"Olha amor, está a chover!"



Ele era alto, bastante alto.. mais do que o normal até, com um corpo bem delineado devido ao desporto que praticava.

Ela era (a sua) pequenina, não conseguindo chegar aos seus ombros, mas bonita, despertando os olhares por quem passava.

Passeavam na rua, pelos jardins, de mão dada, e quando ele lhe colocava o braço por cima dos ombros dela e a chegava para ele, ambos riam-se. Era uma boa diferença de altura; mas isso não a impedia de o beijar sempre que queria. Ia a correr, puxando-o pela mão, subia os bancos do jardim, agarrava-o e apaixonadamente beijavam-se.

"Adoro quando fazes isso. Ficas tão linda..." - dizia-lhe ele.

Ambos espontâneos, faziam o que bem lhes apetecia onde e quando quisessem. Era um amor cheio de vontade de se sentir entre os dois, e uma paixão que explodia da própria paixão a cada instante.

Já de noite, corriam pelo jardim; ele fazia-lhe cócegas porque gostava sempre de a ver rir; ela tentava sempre subir para as suas costas, mas em vão se ele não se baixasse ligeiramente; fingiam-se de chateados só para que o outro se aproximasse; e faziam sempre questão, apenas porque o sentiam e queriam, de dizer o quanto se amavam e o quanto gostavam de parecer (e serem) como duas crianças apaixonadas.

Começou a chover e ela escondeu-se debaixo da camisola dele, mordendo-lhe a barriga e fazendo cócegas com os lábios. Ele destapou-a, agarrou-lhe pelas mãos...

"O que é que estás a fazer? - perguntou-lhe ela.

"Vamos dançar..."

Dançando lentamente, como nos filmes, de olhos fechados, sentindo a chuva percorrendo as suas faces, descendo pelo corpo, ele disse-lhe ao ouvido:

"Amo-te tanto... imagino-nos assim, no mesmo sítio, a chover, daqui a 10 anos, mas tu com o meu apelido."


E foi a última vez que dançaram à chuva...



23 outubro, 2010

(quase) Impossível descrever


Já ouvi dizer que com o passar do tempo as vontades mudam.
No meu mundo o tempo passa, mas eu não sinto, perco a noção sempre que estou contigo.
Deixa-me encher-te com as banalidades que já saturámos de tanto ouvir, ficar horas a olhar para ti e sentir a minha expressão de felicidade discretamente exibir-se.
Perdoa-me a dificuldade que tenho (e irei ter) em escolher palavras que possa dirigir-te quando mais precisas de ouvir o que realmente sinto por ti. Mais não consigo escrever e dizer, porque desde que surgiste, tudo o que és ultrapassa o que já pensei ter inventado e conquistado. Desta forma, guardo-te (em mim), tornando-te o meu maior Amor; aquele que idealizei por julgar não existir.

12 outubro, 2010

O maior desgosto... com classe!


Não sei explicar porque já não o sinto.

E quando me lembro não me surgem palavras, nem na minha cabeça; fica tudo em branco.

É pena... ou talvez não. Aprende-se e vive-se (bem) com isso. E o futuro será melhor ainda do que antes gostaríamos.

Se (me) queres luta, mostra, faz (-me) sentir; as palavras não contam; sou fã do queijo!

Quando arrisco é com classe, e se não usas gravata, também não me irás ver de vestido.