
Era meio dia. Ela sabia que ele gostava de dormir até tarde, mas tinha a certeza de que gostaria mais ainda de a ver.
Bastante ajeitada, saiu do elevador, no piso acima do seu, e percorreu o corredor até ao 519. Pelo caminho passava com os dedos por entre os seus cabelos loiros e tentava imaginar como seria o seu encontro com ele.
Antes de bater à porta, inspirou fundo. Era agora... Sentia-se nervosa e ao mesmo tempo ansiosa... tinha passado demasiado tempo desde a última vez que o vira.
Bate, e ele ao abrir a porta, olham-se nos olhos e deixam escapar um sorriso que quase lhes rasga a cara. Ela atira-se aos seus braços, e beijam-se com uma enorme saudade. Ela sentiu-lhe o gosto da pasta de dentes, e percebeu que ele já a esperava. Sentiu o cheiro da sua pele: aquele que a confortava a cada momento que se tocavam. Entra no apartamento e, com força, ele toma-a novamente nos braços. Ela sentiu as borboletas na barriga, o arrepio que lhe percorreu o corpo inteiro, o nervosismo à flor da pele, a ansiedade de querer tudo ao mesmo tempo, o desejo e confiança de ser para sempre... Ela estava perdida e unicamente apaixonada por ele...
O tempo passou... O que fizeram será a vossa imaginaçao a decidir. Sairam do apartamento de mãos dadas. Momentos antes tinha-lhe sussurrado ao ouvido um «Amo-te» tão ternurento e sincero, que nunca antes lhe soube tão bem dizê-lo.
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